segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CAPITULO 21: PADRÕES NA RIQUEZA EM ESPÉCIES

PARTE 3 – COMUNIDADES E ECOSSISTEMAS
EXTRAIDO DE BEGON, TWONSEND E HARPER, 2007
RESUMO

Por que algumas comunidades contêm mais espécies do que outras? Existem padrões ou gradientes de riqueza em espécies? Há respostas plausíveis para as questões que formulamos, mas tais respostas de maneira alguma são conclusivas.
                Em termos simples, o número de espécies que podem estar dispostas em uma comunidade é determinado pelo tamanho dos nichos efetivos e o grau com que eles se sobrepõem, em relação à gama de recursos disponíveis. A competição e a predação podem modificar o resultado de modo previsível. Além disso, uma comunidade conterá mais espécies quanto mais completamente saturadas ela estiver; um fenômeno que pode ser abordado por meio da relação entre diversidade local e diversidade regional (número de espécies que teoricamente poderiam colonizar).
                Descrevemos a influência de uma gama de fatores espacial (produtividade, heterogeneidade espacial, severidades ambientais) e temporalmente variáveis (variação climática, idade ambiental, área de habitat) sobre a riqueza em espécies, bem como os padrões de riqueza que aumentam, diminuem ou mostram padrão em “domo” em relação a estes fatores. As interações entre fatores (por exemplo, produtividade como pastejo ou perturbação) estão freqüentemente envolvidas na determinação dos padrões. Dedicamos uma atenção especial à teoria da biogeografia de ilhas e à interação entre imigração e extinção na determinação da riqueza em espécies – em relação à área insular e ao isolamento.
                A seguir, retornamos aos gradientes de riqueza em espécies, trazendo exemplos que relacionam à latitude, altitude, profundidade, sucessão e historia evolutiva. As explicações para estes padrões invocam todos os fatores discutidos anteriormente.
                Na seção final, em vez de procurar discernir e explicar padrões de riqueza em espécies, mudamos o foco e abordamos as conseqüências das variações da riqueza em espécies para o funcionamento de ecossistemas, discutindo sucessivamente produtividade, decomposição e fluxo de nutrientes. A compreensão do papel da biodiversidade nos processos ecossistêmicos é importante por razoes praticas, pois isto implica em saber como os humanos deveriam responder à perda da biodiversidade.

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