sexta-feira, 12 de novembro de 2010

CAPITULO 18: O FLUXO DE MATERIA ATRAVÉS DOS ECOSSISTEMAS

PARTE 3 – COMUNIDADES E ECOSSISTEMAS
EXTRAIDO DE BEGON, TWONSEND E HARPER, 2007
RESUMO

                Os organismos vivos gastam energia para extrair substâncias químicas do seu ambiente. Eles as retêm e as utilizam por um determinado período e depois as perdem novamente. Neste capitulo, consideramos as maneiras pelas quais a biota sobre uma área de terra ou dentro de um volume de água acumula, transforma e transfere a matéria entre os diversos componentes vivos e abióticos do ecossistema. Alguns compartimentos abióticos ocorrem na atmosfera (carbono em dióxido de carbono, nitrogênio como nitrogênio gasoso), alguns nas rochas da litosfera (cálcio, potássio) e outros na hidrosfera – água dos solos, riachos, lagos ou oceanos (nitrogênio em nitrato dissolvido, fósforo em fosfato).
                Os elementos nutrientes estão disponíveis para as plantas como moléculas inorgânicas simples ou íons e podem ser incorporados a complexos compostos orgânicos da biomassa. No final, no entanto, quando os compostos orgânicos são metabolizados em dióxido de carbono, os nutrientes minerais são liberados novamente sob forma inorgânica simples. Uma outra planta pode então absorvê-los, e, portanto, um átomo individual de um elemento nutriente pode passar repetidamente através de uma cadeia alimentar após outra. Por sua própria natureza, cada joule de energia em um composto rico em energia pode ser usado somente uma vez, e os nutrientes químicos podem ser utilizados de novo e reciclados repetidamente (embora a ciclagem de nutrientes nunca seja perfeita).
                Discutimos as maneiras como os nutrientes são obtidos e perdidos nos ecossistemas assim como observamos que as entradas e saídas de um determinado nutrientes podem estar em equilíbrio. Entretanto, isso nem sempre é assim, pois há casos em que o ecossistema é uma fonte líquida ou um dreno líquido para o nutriente em questão. Examinamos os componentes dos estoques de nutrientes, bem como os fatores que afetam as entradas e saídas em florestas, cursos d’água, lagos, estuários e oceanos.
                Uma vez que os nutrientes são transportados por vastas distâncias pelos ventos na atmosfera e pelas águas de rios e correntes oceânicas, concluímos o capítulo examinando os ciclos biogeoquímicos globais. Os oceanos constituem a principal fonte de água no ciclo hidrológico; a energia radiante faz como que a água evapore para a atmosfera; os ventos a distribuem pela superfície do globo e a precipitação a traz de volta para a terra. O fósforo provém principalmente do intemperismo de rochas (litosfera); seu ciclo pode ser descrito como sedimentar devido à tendência geral do fósforo mineral em ser transportado do continente inexoravelmente para os oceanos, onde por fim torna-se incorporado aos sedimentos. O ciclo do enxofre tem uma fase atmosférica e uma fase litosférica de magnitudes similares. Já nos ciclos do carbono e do nitrogênio, a fase atmosférica é predominante. A fotossíntese e a respiração são os dois processos opostos que governam o ciclo global do carbono, e no ciclo do nitrogênio a sua fixação e a sua desnitrificação por organismos microbianos são de especial importância. As atividades humanas contribuem com aportes expressivos de nutrientes aos ecossistemas e rompem ciclos biogeoquímicos locais e globais. 

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