quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CAPITULO 6: DISPERSÃO, DORMÊNCIA E METAPOPULAÇÕES

EXTRAIDO DE BEGON, TWONSEND E HARPER, 2007
RESUMO
                Fizemos a distinção entre dispersão e migração; dentro de dispersão, foi examinada a diferença entre emigração, transferência e imigração.
                São descritas diferentes categorias de dispersões ativa e passiva, abordando especialmente a dispersão passiva na chuva de sementes e as estratégias de guerrilha e de infantaria de organismos clonais dispersados.
                São explicadas as distribuições ao acaso, regular e agregada, e é enfatizada a importância da escala e da estrutura em mosaico na percepção de tais distribuições, especialmente no contexto do “grão” ambiental. São detalhadas as forças que favorecem e enfraquecem as agregações, incluindo a teoria do rebanho egoísta e a dispersão dependente da densidade.
                Descrevemos alguns doa principais padrões de migração em uma gama de escalas – de marés, diária sazonal e intercontinental – incluindo aquelas que voltam repetidamente e as que ocorrem uma só vez.
                Examinamos a dormência como uma migração no tempo, tanto em animais (especialmente diapausa) como em vegetais. É enfatizada a importância do fotoperíodo no ritmo da dormência.
                A relação entre dispersão e densidade é examinada em detalhe. São explicados os papeis da endogamia e exogamia na direção das dependências da densidade, incluindo especialmente a importância em evitar a competição entre parentes, por um lado, e as atrações da filopatria, por outro.
                Descrevemos uma diversidade de tipos de variação dentro das populações: polimorfismos e diferenças relacionadas ao sexo e à idade.
                Voltamos à significância demográfica da dispersão e introduzimos o conceito da metapopulação composta de muitas subpopulações. A dispersão pode ser incorporada a dinâmica de populações e modelada de três maneiras diferentes: (i) uma “ilha” ou abordagem “espacialmente explícita”; (ii) uma abordagem espacialmente explícita que reconhece que as distâncias entre as manchas variam; (iii) uma abordagem que trata o espaço como contínuo e homogêneo.
                Provavelmente, a conseqüência importante da dispersão para a dinâmica de populações únicas é o efeito regulador da emigração dependente da densidade. Contudo, é relevante também reconhecer a importância, na dinâmica de invasões, dos raros organismos dispersados por longas distâncias.
                A teoria da metapopulações se desenvolver a partir do conceito inicial da mancha habitável não-habitada. Sua origem como um conceito em si mesmo foi modelo de Levins, que estabeleceu a mensagem mais fundamental: que a metapopulação pode persistir, estável, como resultado do balanço entre extinções e recolonizações aleatórias, ainda que as subpopulações não sejam estáveis.
                Como nem toras as populações com distribuição em mosaico são metapopulações, formulamos a pergunta “Quando uma população é uma metapopulação?”, que pode ser particularmente problemática com populações vegetais.
                Por fim, exploramos a dinâmica de metapopulações quanto à provável importância de equilíbrios estáveis alternativos.

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